terça-feira, 24 de abril de 2012

[Editorial] Combateremos as pragas mesmo com poucas joaninhas

Publicado no jornal "A Voz Universitária", órgão de veiculação do DCE-UFAM, em Fevereiro de 2011.


Novos rostos trazem alegria para os professores (talvez...!) e para a comunidade discente. Vocês venceram um grande desafio: um contraditório sistema de acesso ao ensino superior — o ENEM (conhecido pela alcunha de Nenem). Vieram de todas as camadas sociais e de várias partes do Amazonas e do País.

A Universidade Federal do Amazonas é uma instituição federal de ensino superior, apesar de todas as mazelas que a afligem, com os melhores índices de ensino em relação as instituições particulares de ensino superior. Estes índices mostram que a UFAM mantém um sistema de ensino que prima pela excelência do ensino. Mas não tudo são flores.

Nossa universidade, a exemplo de todas as instituições federais do país, enfrenta problemas de superlotação das salas, falta de professores e letargia na contratação de novos, problemas estruturais, denúncias de desvios de verbas (com processos correndo no Ministério Público e Tribunal de Contas), abuso de poder, burocracia exagerada, problemas estruturais (muitas vezes crônicos), e em breve, devido as lindas políticas do governo Lula (que pretende congelar por dez anos os salários) uma greve dos técnicos administrativos.

São belos os discursos sobre mais vagas, democratização do acesso ao ensino superior, novos cursos. Mas a realidade é outra. Todos os novos cursos criados não possuem coordenação e departamento, professores, material didático suficiente. Em busca de sanar problemas crônicos, a gestão passada ingressou no REUNI—Plano de Reestruturação das Universidades. Este programa é controverso e, atualmente, aumentou o problema da superlotação das salas.

Os grupos políticos-sociais ditos de esquerda, que julgam defender os direitos dos trabalhadores e pobres, votam em propostas e projetos governamentais que não correspondem ou resolvem os problemas da vividos pela camada social mais abrangente dos país. E ainda existem “estudantes” e entidades estudantis que apóiam tais iniciativas governamentais.

Devem estar perguntando-se agora: só estão falando de problemas e mazelas? Não. O lado bom vocês viverão na universidade. Mas ele estará acompanhado da triste realidade. Mas há esperança: as joaninhas. Porém temos um problema de logística quanto às joaninhas. É que não há joaninhas suficiente para combaterem as pragas de nossas lavouras e, por isso, perderemos muito de nossas colheitas. As pragas alastram-se e o uso dos pesticidas poderão comprometer nossa saúde.

A divulgação desta triste realidade é um dever estatutário e moral do DCE, órgão máximo de representação e coordenaçãos dos estudantes. Apesar de gestões passadas não terem cumprido esta missão (e terem abandonado os estudantes nas manifestações da meia-passagem e terem feito acordos alienígenas aos interesses discentes), a Comissão Eleitoral, durante sua vigência, execerá estas lutas e atribuições. Por mais que a quantidade de joaninhas seja insuficiente e nossa luta mostre-se fracassada ou inútil.

Samuel Cavalcante, Graduando em História
Membro Titular da Comissão Eleitoral
Fevereiro de 2011


Download em breve

Leitura do jornal em PDF aqui.

Consulta do Estatuto do DCE-UFAM aqui.

Consulta da Plenária Final do XXII CEUFAM aqui.

0 Comentários:

Postar um comentário

Os comentários aqui postados não refletem necessariamente a posição deste blog. Desaconselho o uso de caixa alta. Ao blog reserva-se o direito de não publicar comentários de anônimos. Peço gentilmente àqueles que não tem conta no Google que deixem o nome após o comentário, caso não queiram se enquadrar na categoria Anônimo. Desde já agradeço os comentários.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...